quinta-feira, 19 de março de 2009

OS ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO DOS ALUNOS DO 7ºA - PARTE II

Tal como prometido, publicamos hoje os restantes textos do 7º A, realizados no âmbito da leitura do livro Sempre do Teu Lado, de Maria Teresa Maia Gonzalez:

Nóia

Vou começar por me apresentar: chamo-me Nóia, tenho cerca de sete anos humanos (em vida de cão, um ano humano corresponde a sete anos de cão!) mas já tenho mais ou menos quarenta e nove anos (de cão).
Vou falar-vos da minha vida no geral. Tinha eu nascido há muito pouco tempo, fui logo “arrancada” da minha mãe (Luna) e dos meus irmãos, excepto um, o Kruger, com quem mais tarde tive vários filhotes (uma coisa não muito boa mas, enfim…). Eu e o Kruger não éramos só “marido” e “mulher”, éramos também grandes amigos. O Kruger faleceu há mais ou menos uns dois anos, atropelado por um camião.

Deixemo-nos de tristezas! Vou-vos apresentar os meus donos, a começar pelo mais novo até ao mais velho, pode ser? A dona mais nova que tenho é a Mariana, que gosta muito de mim! A Débora é a dona que vem a seguir que, como é de esperar, também gosta muito de mim, visto que sou uma cadela amorosa. A Ana é a mais velha das três irmãs, no entanto, não é a minha dona mais velha. A mãe delas é a segunda mais velha e o Pai, esse sim, é o mais velho. Gosto muito deles todos, desde o início que me acolheram bem, me dão muitos mimos, me dão de comer todos os dias (como é normal!). Acho que sou um membro importante na família. (Mariana Lemos, 7ºA)

Fred

Olá! Antes de mais nada, eu chamo-me Fred e moro numa casinha cor-de-rosa mesmo ao lado da casa da Sandra.
Nasci no dia 2 de Abril e tenho 11 meses. Sou todo elegante, pesando apenas 25 kg.
Lembro-me de, num dia muito quente, talvez um dia de Junho, dois jovens, um rapaz e uma rapariga me irem buscar. Inicialmente, fiquei um pouco desgostoso, pois estavam a separar-me da minha família.
Fiz uma viagem muito longa e estava um pouco envergonhado, mas lá cheguei. A casa era muito grande e tinha um grande jardim para eu brincar e pular.
Os meus donos pareciam ser espectaculares e na verdade eram mesmo.
Na parte da tarde fui até à casa ao lado, onde conheci uma rapariga que, pelo que a minha dona dizia, chamava-se Sandra e ela não parava de me fazer festinhas, talvez por eu ter um pêlo tão fofinho.
Com o passar dos dias fui-me habituando, principalmente ao jardim, pois é para lá que eu levo tudo o que tiro aos meus donos (novas descobertas) e também adoro lá fazer buracos enormes, só mesmo por brincadeira porque acabo por não enterrar nada.
Penso que me apresentei como alguém decente, mas falta-me contar a minha maior aventura. Então cá vai!
Certo dia, à hora de almoço, os meus donos saíram para irem comer a casa dos avós, pelo que me senti bastante sozinho. Sem nada para fazer, pus-me a dar uns saltos, até que me passou pela cabeça que podia ir fazer uma visitinha a casa da Sandra. Sem pensar duas vezes, dei o meu maior salto e quando caí no chão, vi que estava do outro lado da rede. Dei uma volta pela casa para ver se via a Sandra, mas nem sinal dela, apenas vi umas galinhas bastante apetitosas ao fundo do quintal. Mas, nem pensar! Nem podia aproximar-me delas porque a Sandra e os pais iam chatear-se muito comigo. Quando andava meio perdido, apareceu a Sandra. Ela e o pai levaram-me para a garagem e só depois percebi porquê, é que os meus donos vinham lá todos assustados para me levarem.
Essa semana foi horrível! Estive sempre fechado em casa porque os pedreiros andavam a pôr grades novas bem mais altas!
E que tal? Gostaram? Eu tenho bem mais aventuras para contar, mas não posso, senão estava aqui o dia todo! Para me despedir de vocês deixo umas fotos de quando eu era pequenino e como eu sou agora.
(Sandra Crisóstomo, nº 20)



O Potche e a Neca

“ Olá, eu sou a Neca, e como sou muito bem-educada vou passar a apresentar-me. Tenho mais ou menos dois anos e não gosto de pensar em ficar velha. Sou muito elegante e tenho classe. Sou a gata da menina Cátia que, como eu, é muito vaidosa.
Eu só gosto de comida de lata e principalmente daquelas que têm pedaços de frango…hum, só de imaginar dá-me água na boca. Eu gostava muito de andar na rua, mas desde que um gato me rasgou a orelha numa bulha que tivemos, fiquei com medo. A minha dona mais velha (a mãe da Cátia) diz que sou chata. Embora não saiba o que significa esta palavra, tenho a certeza que é um adjectivo com bom sentido, pois eu ando sempre a miar atrás dela e ela vai repetindo esta palavra!
No outro dia, ela agrediu-me … é pena estar longe da polícia! Como eu estou inocente, vou-vos contar esta pequena história: estava ela a olhar muito atenta para a televisão, quando eu resolvi fazer umas macaquices para chamar a atenção, mas ela não olhou, voltei a repetir e nada. Até que me agarrei totalmente ao braço dela e não queria sair. Quando ela me começou a bater fracas pancadas na cabeça, larguei e fugi.
Mas estou para aqui a falar e ainda não contei como vim parar a esta casa, que é muito acolhedora. Era uma época em que não havia chuva. Fiquei um mês com a minha mãe e depois meteram-me dentro de um saco. Era dia da Criança e levaram-me para esta casa; com muito orgulho, digo que fui uma prenda para a Cátia.
A Cátia diz que eu só faço asneiras! Ainda ontem abri uma gaveta, tirei tudo para o chão e meti-me lá dentro a dormir. Isto não é nenhuma asneira, é a minha inteligência que é muito grande...!
Agora vou falar dos meus amigos. Tenho muitos conhecidos (cães, gatos etc…) e tive um melhor amigo, o Licas, que morreu ao comer alguma coisa que tinha veneno. Ele era muito brincalhão. Mas também tenho inimigos como a gata da vizinha que, quando vai para Lisboa, fica aos cuidados da avó da Cátia. Também não me dou muito bem com a cadela da Cátia, a Natacha, porque ela é vinte vezes maior que eu… mas pelo que ouvi dizer é muito meiguinha.
Pronto, já falei um bocado sobre a minha vida.
Eu queria agradecer à professora Ana Lúcia por toda a atenção que me está a dar ao ler este texto.
A minha dona, a Cátia, mandou pedir desculpa à sua cadela, a Natacha, por não lhe ter solicitado um texto sobre a sua vida, por falta de tempo. Mas agradece a sua compreensão e manda-lhe um beijinho. Até à próxima!”


“Olá meus amigos, vou contar-vos a minha história. Antes disso…ah, mas que maneiras as minhas, esqueci-me de me apresentar! Comecemos do princípio:
Olá meus amigos, eu sou o Potche e sou o cão mais novo da minha dona, a Cátia. Tenho mais ou menos quatro anos, que para mim já é muito tempo de vida.
Vou-vos falar da minha vida que já é muito longa… eu cheguei a casa dos avós da Cátia (a minha dona mais nova, como já disse) com apenas dois meses e nesse tempo era uma bolinha de pêlo muito fofinha. Tive uma sorte bestial porque os meus queridos donos iam passar férias no dia a seguir. Fomos todos num carro de baixa qualidade para a Tocha. Fui acampar pela primeira vez e gostei muito, mas só de pensar que me meti debaixo de um carro que deitava um líquido preto ao que os humanos chamam de óleo… nem me quero lembrar. Os avós da Cátia é que não acharam muita graça, mas como eu sou um bom cãozinho, perdoo-lhes!
Toda a gente que passava pela casinha de pano onde eu estava a acampar dizia umas “cenas” como:
- Oh que lindo cãozinho!
- Sim, que bolinha fofinha!
Quando viemos outra vez para a minha querida terrinha, comecei a crescer e agora sou um cão de tamanho médio. Comecei a criar laços com os outros animais da minha dona, com a gata Neca, a mandona da casa, e o gato, o Pantufa que, infelizmente morreu há uns meses e era o velhinho da casa. E com a Cadela…cadela? Aquilo é mais um monstro ao meu lado! Esse monstro feminino chama-se Natacha, a gigante de cá.
E agora cá estou a viver um dia de cada vez!
O que eu acho da Cátia é que é muito meiguinha, simpática, corajosa… aliás todos os adjectivos que conheço de bom sentido. Mas por vezes é muito teimosa e distraída.
Pelo que já vi, gosta muito de cantar e dançar. Também gosta de desenhar roupa (pois quer ser estilista).
Queria agradecer à professora de Português da Cátia, pois graças a ela vou ser famoso por dois minutos no mínimo! E assim termino a história da minha vida!”
(Cátia Rosa, nº5)


O gato da Andreia Oliveira


Estava eu triste, perdido na solidão, num Domingo à tarde, em casa de um senhor que vivia isolado em casa, quando a sua família resolveu ir visitá-lo.
Comecei a ouvir pessoas a falar e a entrar pela porta adentro, logo estragando aquele silêncio e aquela tranquilidade que lá se mantivera durante tanto tempo.
Foi então que reparei numa única pessoa, triste, no meio daquela rambóia toda. Era uma rapariga com cabelos cheios de canudos, muito longos, pretos e com olhos azuis, que logo reparou em mim. Ela foi ter ao cesto onde eu me encontrava e pegou em mim, fazendo-me festas ao longo do meu corpo. Nunca ninguém me tinha feito nada assim, eu reparei que estava a sentir algo forte por aquela rapariga e tanto me afeiçoei a ela que nunca mais a deixei.
Quando a visita acabou, os pais dela chamaram-na e ela pousou-me em cima do cesto almofadado e muito quentinho e logo perguntou ao seu tio se poderia levar-me com ela. O seu tio primeiro disse que não, mas começou a ver uma lágrima no canto do olho da sua sobrinha e acabou por dizer que sim.
A partir dali nunca mais nos separámos.
E hoje lhe agradeço por me ter tirado daquela solidão em que me encontrava.
(Andreia Marlene Páscoa Oliveira, nº3, 7ºA)



Olá, a minha dona Andreia (mais conhecida por Pikena, mas ela gosta mais de Pikena Henriques), já me falou de uma professora chamada Ana Lúcia, de Português. Ela disse-me que gosta muito dessa tal professora e também me disse que ela é “bué de fixe”.
Agora vem a parte mais interessante, a minha história. Então cá vai: depois de regarem as batatas, os meus donos (isto ainda em Góis), estavam para se vir embora, quando a minha dona mais velha se preparava para meter o sacho no chão e ao cair, este faz um barulho (”pock”).Ela tinha-me batido e, curiosa, pegou-me e viu que eu era uma tartaruga. A minha dona mais nova quis ficar comigo, e hoje cá estou eu, como podem ver. O meu nome é “Grandinha” porque eu sou grande por natureza.
(Andreia Henriques 7ºA Nº2)

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